@s trabalhador@s da saúde de Porto Alegre estarão iniciando um processo de greve a partir da 0 hora do dia 23 de agosto. Dessa forma pretendem contrapor-se aos ataques realizados pelo prefeito Fortunati à saúde e nessa capital, em particular aos trabalhador@s municipais, estaduais e federais que atuam na rede de saúde pública municipal.
O processo de mobilização tem como objetivo também o de mostrar à população que não são os/as trabalhador@s os responsáveis pela crise permanente em que se encontra a saúde em Porto Alegre. Na verdade o prefeito não se compromete nem com o mínimo ideal para haver condições de trabalho e atendimento digno, por exemplo, faltam equipamentos simples nos locais de atendimento da saúde como o aparelho de verificar a pressão: HGT. Faltam medicações específicas para tratar doenças causadas no inverno como aerolin e outras, sem falar na quantidade de consultas especializadas que se encontram represadas nas unidades, tais como cardiovasculares, neurológicas, traumatológicas e assim por diante. São esperas superiores há cinco anos porque não há médicos suficientes chamados por concurso público para atender a demanda. Enquanto isso assistimos aos noticiários, há pouco tempo atrás, sobre o desaparecimento de 10 milhões na saúde que até agora não se ficou sabendo onde foram parar.
Depois disso, novamente Fortunati, seguindo a política de Fogaça, seu antecessor, contrata mais uma instituição de parceria pública privada para dar conta dos PSFs (programas de saúde da família) no município. É a entrega do serviço público para a iniciativa privada que está sendo implantada. Isso dá margem à corrupção e a “caixa 2”. O HPS, por exemplo, está com o tomógrafo estragado e ao invés de o prefeito mandar concertá-lo, ele prefere contratar exames de alta complexidade (tomografia, ressonância, etc) da iniciativa privada. Quem está ganhando com isso? Com certeza não é a população atendida. A saúde de Porto Alegre está sendo tratada como um balcão de negócios pelos governos.
Hoje o prefeito Fortunati tenta implementar um Plano de gestão e qualificação na saúde que cria metas com o objetivo de responsabilizar os/as trabalhadores/as pela sua própria incompetência. Fortunati com esse plano quer fechar os postos de saúde mais cedo, estabelecendo o horário das 07 as 17 horas para o funcionamento. Atualmente funcionam até as 18 horas, com a mudança serão menos vacinas, menos consulta, enfim, diminuirá o tempo de atendimento que já é insuficiente.
Fortunati mente quando afirma na mídia que em 100 dias vai desafogar as emergências da capital. Além disso, a política do prefeito que se vangloria em preparar a cidade para a copa do mundo traz no seu pacote o fechamento de postos de saúde. No hospital materno infantil Presidente Vargas, várias unidades estão fechadas fruto das demissões de 300 trabalhadores/as da FUGAST que lá atuavam e que até o momento não foram substituídos mesmo tendo sido garantido publicamente por parte da prefeitura que não haveria quebra na continuidade daqueles serviços. É preciso lembrar também que no programa de estratégia de saúde da família, os/as profissionais já têm data marcada para serem demitidos, até o fim deste ano. Dessa forma alertamos à população já pedindo apoio ao nosso movimento e denunciando que este prefeito Fortunati, prefere atender aos compromissos que mantém com os empresários do que investir na saúde da população desta cidade. Não bastasse isso, o assédio moral, a desigualdade no tratamento aos funcionários/as e a desvalorização são práticas recorrentes deste prefeito e dos demais gestores da sua base em Porto Alegre. Por tudo isso, vamos à greve e pedimos apoio à população. Somos trabalhadores como você e sofremos junto as barbáries desse governo.
Por uma Saúde Pública e de Qualidade!
Comando unificado de mobilização e entidades representativas – SIMPA, SINDSEPE – SINDISPREV/RS – SERGS – SIPERGS – ASSMS - ASHPS
Escute e divulgue o áudio:
Comunidade: vamos à luta, todo apoio a greve dos trabalhadores/as da saúde!!!!
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